domingo, 14 de outubro de 2012

Estudos recentes comprovam que a saúde dos olhos pode ser preservada com uma boa alimentação. O consumo regular de alimentos que contenham o ômega 3, como por exemplo o peixe diminui o risco da degeneração macular, problema que pode levar à cegueira. O ômega 3 está presente na retina dos olhos e precisa ser renovado com frequência. A falta dessa gordura pode favorecer o aparecimento de doenças oculares. Pesquisadores afirmam que consumir peixe uma vez por semana já é o suficiente para inibir o aparecimento de complicações na visão. Veja os alimentos que fazem bem à visão: Azeite Virgem: alimento rico em ômega 3 e ajuda na prevenção contra a degeneração macular. Recomenda-se a ingestão de 100ml de azeite por semana. Peixes: como citados anteriormente, são fontes ômega 3 além das vitaminas A, B, D e E. A ingestão desse alimento proporciona o recebimento de bastante oxigênio no corpo, que é essencial para manter uma boa saúde para os seus olhos. Legumes, frutas e verduras amarelas e verdes: são fontes ricas de carotenoides, substância que preserva a mácula. Esse nutriente pode ser encontrado na laranja, maçã, mamão, cenoura, tangerina, brócolis e couve. Ovos: em pesquisa realizada, foi constatado que consumir de dois a quatro ovos por dia durante cinco semanas reduz o risco de degeneração macular em idosos. É importante ficar atento aos niveis de colesterol antes de apostar nesse alimento. Alho e cebola: esses alimentos são dilatadores dos vasos sanguíneos, diminuem a pressão arterial e prevenindo contra o glaucoma. Óleo de linhaça: fonte de ômega 3, seu consumo favorece o tratamento contra o mal dos olhos secos. A alimentação influencia o funcionamento do nosso corpo, é de extrema importância manter uma dieta balanceada que forneça todos os nutrientes para o nosso organismo funcionar corretamente.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Para o feriado, fica uma divertida imagem de ilusão de óptica! Fique olhando por 20 segundos fixamente. :)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Toxoplasmose Ocular

A toxoplasmose é causada pelo Toxoplasma Gondii e é a principal causa de uveíte posterior no Brasil.
 
O seu ciclo de vida compreende duas fases: Uma assexuada que ocorre nos tecidos dos hospedeiros intermediários e a fase sexuada que ocorre no intestino dos felínos, como os gatos.
 
A transmissão se dá pela ingestão dos cistos eliminados nas fezes dos gatos e disseminados pela chuva, vento, água e também por intermédio de insetos que contaminam a água e os alimentos. A ingestão de carne crua ou mal cozida, a transmissão da mãe ao feto por via transplacentária, a ingestão de leite ou saliva, transfusão sanguínea, deposição do protozoário através do esperma na mucosa vaginal, manipulação de animais mortos contaminados são outras fontes de contaminação.
 
No Brasil de 50 a 83% dos adultos já tiveram contato com o Toxoplasma, sendo a doença mais prevalente onde a ingestão de carne crua e água não tratada é mais comum.
 
A principais formas de evitar a contaminação são:
  • Evitar contato com fezes de gato.
  • Lavar frutas , legumes e verduras com água filtrada ou fervida e lavar as mãos após o preparo.
  • Controlar pragas domésticas como baratas, ratos e moscas.
  • Evitar a ingestão de carnes cruas ou mal cozidas.
  • Ingerir apenas leite e queijos industrializados.
  • Precauções com derivados de sangue.
A toxoplasmose pode se manifestar logo após o nascimento ou alguns anos após, sendo esta considerada a forma congênita da doença, recente e tardia respectivamente. Esta transmissão se dá através da mãe para o filho. Existe ainda a forma adquirida em que a doença ocorre em qualquer fase da vida.
As manifestações da doença congênita variam de casos poucos sintomáticos até formas graves com comprometimento neurológico e ocular.
 
A Toxoplasmose ocular pode ocorrer também nas fases mais tardias da vida. Neste caso, o protozoário fica encistado em vários tecidos do corpo, inclusive no olho, e em alguma fase da vida por motivo desconhecido a doença se torna ativa dentro do olho necessitando tratamento específico.
 
A manifestação mais comum da doença ocular é atraves de uma inflamação de algumas estruturas no fundo do olho chamada coróide e retina.
 
Os sintomas mais comuns são dor ocular de intensidade variavél e embaçamento da visão.
 
O tratamento é feito com antibioticos contra o Toxoplasma e a prognóstico varia de acordo como local da retina onde ocorre a manifestação da doença variando de recuperação completa da visão até casos de comprometimento severo da acuidade visual.
 
Casos onde a visão fica comprometida por cicatrizes relacionadas com a doença são de caráter definitivo e sem possibilidade de melhoras.

Presbiopia

O que é ?
 
A presbiopia, chamada de vista cansada, é uma alteração natural da visão que ocorre com todas as pessoas a partir dos 40 a 45 anos. O cristalino perde a elasticidade e a capacidade de acomodação, resultando em uma crescente dificuldade para ver bem de perto.
 
Primeiros sinais
 
Os seus braços já não são suficientemente compridos para poder ler o jornal ou o menu no restaurante? Seus filhos "implicam"com você, ao vê-lo (a) tentando ler o preço na etiqueta dos produtos ? Aproxima-se mais da luz para ler ? Não consegue ler a bula dos remédios ? Esses são os primeiros sintomas da presbiopia ou vista cansada.
Se você é míope muitas vezes é melhor ler sem óculos.
Detalhes sobre os óculos :
 
Embora todas as lentes para presbiopia tenham por objetivo proporcionar a recuperação da visão de perto, intermediária e longe, nem todas conseguem isso. A lente mais completa para a correção da presbiopia é a lente progressiva pois permite correção a todas as distâncias distâncias sem traço divisório. Para que seja confortável, a lente progressiva tem que ser de boa qualidade.
Existem, também, as lentes só para perto e de meia distância, que são usadas para leitura ou no escritório, não servindo para todas as atividades diárias.

Olho Seco

O que é a doença ?
 
O olho seco é uma doença crônica, caracterizada pela diminuição da produção da lágrima ou deficiência em alguns de seus componentes, ou seja, pouca quantidade e/ou má qualidade da lágrima. Este distúrbio no filme lacrimal e na superfície ocular pode produzir áreas secas sobre a conjuntiva e córnea, o que facilita o aparecimento de lesões. Os sintomas são de ardor, irritação, sensação de areia nos olhos, dificuldade para ficar em lugares com ar condicionado ou em frente do computador e olhos embaçados ao final do dia.
A doença está relacionada à exposição a determinadas condições do meio ambiente (poluição, computador), trauma (queimaduras químicas), alguns medicamentos, idade avançada, uso de lentes de contato, menopausa nas mulheres e doenças do sistema imunológico (síndrome de Sjögren, Stevens-Johnson e outras). Quando não diagnosticada e corretamente tratada, pode evoluir para lesão da superfície ocular e, em alguns casos, até à perda da visão.
 
A Síndrome do Olho Seco poder ser dividida em 2 grupos principais, de acordo com a fisiopatologia:
 
1) Deficiência aquosa do filme lacrimal (DAFL);
 
2) Evaporação excessiva, predominantemente associada à disfunção das glândulas de Meibomius ou deficiência de mucina.
 
O que é o filme lacrimal ?
 
O filme lacrimal é composto de 3 camadas. A camada mais externa, ou lipídica, protege e previne a evaporação da lágrima. A camada do meio é chamada de aquosa e é responsável pela nutrição e oxigenação da córnea. Além disso, contém várias substâncias com atividade antibacteriana. A 3º camada é composta por mucina e faz a interação entre a camada aquosa e as células superficiais da córnea/conjuntiva, facilitando sua aderência e permanência na superície ocular. As lágrimas são produzidas constantemente para lubrificar os olhos. Esta produção pode ser ainda aumentada após resposta reflexa a alguns estímulos exteriores, como poluição, alérgenos, trauma e emoção.
 
Como a lágrima é eliminada?
Após umidificar e lubrificar a superfície ocular, 50% da lágrima se perde através da evaporação. Uma parte da secreção basal é absorvida na conjuntiva e mucosa que reveste todo o interior das vias lacrimais. Somente o volume excedente de lágrimas atinge a cavidade nasal, passando através dos pontos lacrimais (70% pelo ponto inferior e 30% pelo ponto superior), pelos canalículos, saco lacrimal e ducto nasolacrimal. Existe um mecanismo de bombeamento que é responsável pela excreção do filme lacrimal, envolvendo as pálpebras através do piscar.
 
Por que piscamos?
 
O ato de piscar, que ocorre numa frequência definida, tem a função de distribuir a lágrima pela superfície ocular e também facilitar o bombeamento das lágrimas pelas vias de drenagem, que escoam para a cavidade nasal.
 
O que é secreção basal e reflexa?
 
A secreção basal é a produção constante de lágrima, cujo volume produzido normalmente durante o dia, é de 0,5 a 1 ml, suficiente para manter o olho úmido e lubrificado. O volume produzido é menor à noite. A secreção reflexa é a produção de grande volume de lágrima e ocorre em resposta à estimulaçãp da córnea e/ou conjuntiva. A secreção reflexa ocorre em ambos os olhos, mesmo que apenas um tenha sido estimulado.
 
O que causa o olho seco ?
 
1. O ambiente : Clima seco, com vento e ensolarado, fumaça de cigarro, a poluição, lugares fechados, calefação, ar condicionado e monitores de computador podem aumentar a evaporação e causar olho seco.
 
2. Queimaduras químicas : A exposição a agentes químicos ocorre, na maioria das vezes, em acidentes industriais, acidentes domésticos ou em associação com atos criminosos e está associada ao desenvolvimento de olho seco As queimaduras por álcali ocorrem mais freqüentemente, geralmente numa proporção de 2:1, devido à presença destas substâncias em produtos de limpeza e materiais de construção em geral. Este tipo de queimadura também está associado aos casos mais graves de olho seco e destruição da superficie ocular.
 
3. Medicamentos: Descongestionantes e anti-histamínicos, tranqüilizantes, antidepressivos e pílulas para dormir, diuréticos, pílulas anticoncepcionais, alguns anestésicos, medicamentos para tratamento da hipertensão arterial (betabloqueadores) e para transtornos digestivos (anticolinérgico) podem causar olho seco
 
4. Lente de Contato : As lentes de contato diminuem a quantidade de oxigênio sobre a córnea, podendo causar irritação e sensação de olho seco. .
 
5. Idade e sexo: Como regra geral, com a idade, a produção de lágrimas diminui. Aos 65 anos, por exemplo, uma pessoa produz 60% menos lágrimas que aos 18 anos. As mulheres freqüentemente têm esse problema agravado quando estão na menopausa por causa das mudanças hormonais. Estima-se que a incidência do olho seco na população de mais de 65 anos gire ao redor de 15% a 40% da população.
 
6. Doenças Sistêmicas associadas:
 
6.1. Síndrome de Sjögren
6.2. Stevens-Johnson
6.3. Penfigóide cicatricial ocular
6.4. Sarcoidose
6.5. Parkinson
 
Sintomas
 
- Queimação
- Irritação
- Olhos vermelhos
- Visão borrada que melhora com o piscar
- Lacrimejamento excessivo
- Desconforto após ver televisão, ler ou trabalhar em computador
 
O quadro clínico varia dos casos mais brandos, com queixa básica de desconforto, aos mais graves, por vezes com sérias complicações, como úlcera e perfuração da córnea.
Os sintomas incluem sensação de corpo estranho, queimação, fotofobia e embaçamento e costumam piorar no final do dia, nas condições de baixa umidade (ex: ambientes com ar condicionado ou aquecedores) e após uso excessivo da visão para perto (ex: computador).
 
Como diagnosticar ?
 
Há diversos métodos para diagnosticar olhos secos. O oftalmologista deve medir a produção, a taxa de evaporação e a qualidade das lágrimas, com testes específicos.
O Teste de Schirmer é o mais utilizado para o diagnóstico de olho seco e consiste na colocação de uma tira de papel de filtro de 35 x 5mm, com os primeiros 5mm dobrados no fundo de saco conjuntival inferior. Após 5 minutos, mede-se a quantidade de umedecimento da tira de papel. Valores superiores a 15mm são considerados normais.
As colorações por corantes vitais (Fluoresceína, Rosa Bengala ou Lisamina verde) são utilizadas para detecção de celúlas superficiais da córnea/conjuntiva que estejam sendo comprometidas pelo olho seco.
O tempo de ruptura do filme lacrimal (em inglês, Break Up time) avalia o tempo que demora para iniciar, após o piscar, o apecimento de áreas de quebra do filme lacrimal sobre a superfície da córnea.
Testes mais específicos podem ser utilizados, como a citologia de impressão, teste da cristalização da lágrima, dosagem de lisozima, lactoferrina, teste de osmolaridade da lágrima, interferometria entre outros.
 
Dicas para o dia a dia
  • Se você usa lágrimas artificiais mais de 4 vezes ao dia, não use as que contenham preservativos (conservantes).
  • Nos casos mais grave, para dormir , faça uso de pomada lubrificante sem preservativo para aliviar a secura de seus olhos por tempo mais prolongado.
  • Quando dormir em ambiente de ar condicionado ou com ventilador, coloque a máscara sobre os olhos para protegê-los.
  • Use umidificador ou vaporizador para manter um nível confortável de umidade do ar no ambiente .
  • Evite correntes de ar oriundas de aparelhos de ar condicionado, leques , ventiladores ou aparelho de calefação .
  • Caso necessite fazer uso de nebulização, não esqueça de proteger seus olhos com compressas de água filtrada ou com óculos de natação, evitando desta forma que o vapor resseque seus olhos.
  • Proteja os olhos evitando exposição ao vento e ao sol com protetores adequados.
Existe tratamento
 
O tratamento é basicamente sintomático. Mais recentemente, novas modalidades de tratamento com objetivo de atingir a causa do olho seco têm sido introduzidas. São 5 estágios de tratamento para o olho seco:
 
1 - SUBSTITUIÇÃO DA LÁGRIMA: Lágrimas artificiais. Existem as lágrimas artificiais aquosas e as viscosas para quadros mais severos. Atualmente, algumas lágrimas artificiais não possuem ou netralizam os conservantes. Este tipo pode ser utilizado mais frequentemente do que o habitual.
2 - CONSERVAÇÃO DA LÁGRIMA: A oclusão dos pontos lacrimais pode ser feita com plugs, provisórios de colágeno ou permanentes de silicone, que permanecem dentro dos ductos lacrimais. Os plugs podem ser introduzidos no olho manualmente pelo médico no consultório, sem que o paciente sinta dores. Outra opção é a cauterização dos pontos lacrimais ou oclusão cirúrgica.
3 - ESTIMULAÇÃO DA PRODUÇÃO DE LÁGRIMAS: Existem certos medicamentos que aumentam o lacrimejamento como a pilocarpina, porém, possuem uma série de efeitos colaterais.
4 - TERAPIA ANTI INFLAMATÓRIA: Esse tipo de tratamento pode ser baseado no uso adequado e controlado de corticóide tópico e da ciclosporina tópica. A idéia é minimizar o efeito do processo imune nas glândulas lacrimais e superfície ocular. Alguns estudos estão sendo realizados para avaliar a importância da chamada "dieta no tratamento do olho seco". Essa dieta deve ser rica em Ômega 3 (óleo de linhaça, verduras, nozes e peixes), que possuem propriedades anti inflamatórias.
5 - TERAPIA HORMONAL: Utilização de hormônios andrógenos orais ou tópicos, ainda em estudo.
 
Perguntas Frequentes
 
O que é a lágrima ?
 
A lágrima é uma combinação complexa de substâncias que se organizam em três camadas. A parte mais fina externa ou lipídica contém componentes que reduzem a evaporação. A camada do meio ou aquosa é produzida principalmente pela glândula lacrimal principal e acessória e é composta por substâncias que mantém a salinidade e acides das lágrimas em níveis normais. A camada do meio também carrega anticorpos e outros agentes de defesa contra infecções oculares. A camada de mucina ajuda a lágrima a manter-se aderente à córnea.
 
A Síndrome de Olho Seco pode ir e vir?
 
Em casos iniciais, os sintomas causados pelo olho seco podem ir e vir. Porém, os mesmos sintomas podem tornar-se persistentes à medida que a doença se agrava. Na maior parte das causas de olho seco, pacientes experimentam grande desconforto com o progresso da doença.
 
Quem tem olho seco é afetado por agentes do ambiente, como poeira, pólen e fumaça de cigarro?
 
Sim. Pessoas sensíveis a pólen, poeira e fumaça de cigarro podem facilmente ter seu problema de olho seco agravado pela exposição a tais agendes irritantes.
 
O branco dos meus olhos ardem e na maior parte do tempo estão vermelhos. Pode ser Olho Seco?
 
Dor e vermelhidão da conjuntiva (branco dos olhos) não está necessariamente relacionado a olho seco. Pode ser o resultado de uma reação alérgica a substâncias do ar. Porém, a pessoa deve consultar um oftalmologista se a irritação persistir.
 
Meus olhos continuamente produzem excessiva quantidade de lágrimas. Isso pode ser Olho Seco?
 
Sim. Se o tipo de Olho Seco for relacionado à qualidade, e não à quantidade de lágrimas, o excesso de lágrimas pode estar sendo produzido em resposta à irritação. Ou seja, se algum componente essencial da lágrima está faltando, o olho recebe uma sensação de desconforto causado pela própria lágrima e a irritação pode continuar a estimular a produção.
 
O que posso fazer para prevenir ou curar a Síndrome do Olho Seco?
  • Realizar exames anuais.
  • Procurar um oftalmologista imediatamente após detectar sintomas de Olho Seco ou algum declínio na visão.
  • Faça este simples e novo TESTE DE OLHO SECO para descobrir:
Sensação de queimaçãoSIMNÃO
Sensação de ardênciaSIMNÃO
Coceira ou sensação de corpo estranho e areia nos olhosSIMNÃO
RessecamentoSIMNÃO
Sensibilidade a luz brilhante (fotofobia)SIMNÃO
Secreções de muco nos olhos (purulência)SIMNÃO

Se você respondeu SIM para um ou mais dos sintomas acima, você pode ter olho seco. É importante conversar com seu oftalmologista sobre opções para tratamento do olho seco.

Glaucoma

O Glaucoma é uma doença que atinge o nervo óptico e envolve a perda de células da retina responsáveis por enviar os impulsos nervosos ao cérebro. A pressão intra-ocular elevada é um fator de risco significativo para o desenvolvimento do glaucoma, não existindo contudo uma relação direta entre um determinado valor da pressão intra-ocular e o aparecimento da doença, ou seja, enquanto uma pessoa pode desenvolver dano no nervo com pressões relativamente baixas, outra pode ter pressão intra-ocular elevada durante anos sem apresentar lesões. Se não for tratado, o glaucoma leva ao dano permanente do disco óptico da retina, causando uma atrofia progressiva do campo visual, que pode progredir para cegueira. Quando se manifesta em sua forma aguda, a pressão interna do olho torna-se extremamente alta e causa perda súbita e grave da visão (a média da pressão é 16 mmg porém varia entre 12 até 21 mmg sem no entanto causar problemas na maioria das pessoas).
 
Quais os sinais e sintomas do Glaucoma?
 
O glaucoma raramente apresenta sintomas. Os sinais da doença na forma AGUDA são fortes DORES DE CABEÇA, FOTOFOBIA, ENJÔO e DOR OCULAR intensa.
Na forma CRÔNICA a doença se manifesta por perda da visão periférica . No começo a perda é sutil, e pode não ser percebida pelo paciente. Perdas moderadas a severas podem ser notadas pelo paciente através de exames atentos da sua visão periférica. Frequentemente o paciente não nota a perda de visão até vivenciar a "visão tubular", ou seja, apenas a visão central é percebida, o paciente começa a tropeçar, esbarrar em objetos, porque a percepção periférica é ausente. Se a patologia não for tratada, o campo visual se estreita cada vez mais, obscurecendo a visão central e finalmente progredindo para a cegueira do olho afetado. Esperar pelos sintomas de perda visual não é o ideal. A perda visual causada pelo glaucoma é irreversível, mas pode ser prevenida, atrasada ou estabilizada por tratamento. Um oftalmologista deve ser consultado pelas pessoas com risco de desenvolver glaucoma e/ou que tenham histórico familiar.
 
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Quais os exames necessários para diagnóstico do glaucoma?
 
Para o diagnóstico do glaucoma alguns EXAMES devem ser realizados, como: TONOMETRIA DE APLANAÇÃO (exame para a tomada da pressão intraocular), FUNDO DE OLHO (exame para avaliar se existe lesão do nervo óptico provocado pelo glaucoma), GONIOSCOPIA (exame para classificar o tipo de glaucoma) e CAMPO VISUAL (exame para avaliar se há perda do campo visual). O diagnóstico precoce do glaucoma só é feito em um exame oftalmológico de rotina e a medida anual da pressão intraocular é a forma mais sensata de se preservar a VISÃO.
 
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A pressão alta dos olhos pode ser um indicativo de glaucoma?
 
Sim, um dos fatores de risco relacionados ao glaucoma é a pressão interna do olho alta. Entretanto este não é o único fator que contribui para a doença, pois algumas pessoas com pressão do olho alta nunca demonstrarão lesão por glaucoma. Somente com acompanhamento e verificando outros fatores como aparência do NERVO ÓPTICO e o exame de CAMPO VISUAL comparativo dará melhores informações.
 
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Mesmo com a pressão ocular baixa a visão pode continuar piorando?
 
Sim, o bom controle da pressão interna do olho retarda a lesão do glaucoma, porém já foi observado que ele pode continuar a piorar em algumas pessoas, demonstrando que outros fatores podem estar relacionados para sua piora.
 
O glaucoma deixa o paciente cego?
 
Sim, a perda progressiva do CAMPO DE VISÃO PERIFÉRICO pode causar grandes dificuldades para perceber objetos a sua volta (porém só ocorre com muitos anos de doença não controlada, geralmente). Já o glaucoma avançado pode acometer a VISÃO CENTRAL também (aquela que se usa para leitura), podendo chegar ao ponto de perda total da VISÃO.
 
A cegueira causada pelo glaucoma é reversível?
 
Não, como ela se dá pela lesão que ocorre em fibras de nervos que saem da RETINA para o NERVO ÓPTICO, não se tem ainda como recuperá-las.
 
Quais são os grupos de risco?
 
O glaucoma é uma doença de caráter hereditário, e por isso em famílias de portadores de glaucoma há a necessidade que todos façam os exames preventivos.
Também fazem parte do grupo de risco:
 
- Indivíduos com mais de 40 anos de idade - o risco de ser portador de glaucoma aumenta com a idade
- Raça negra - os indivíduos da raça negra tendem a desenvolver o glaucoma numa idade inferior à média e a probabilidade de ser afetada é quatro vezes maior em relação aos brancos.
- Altos míopes - indivíduos míopes que usam lentes acima de seis graus também estão sujeitos a um risco maior
- Diabéticos
- Pacientes que tiveram trauma ocular ou doenças intraoculares
 
Todas as pessoas que façam parte de algum dos grupos acima devem se submeter a exames oftalmológicos com regularidade.
 
Qual é o Tratamento do Glaucoma?
 
Apesar da pressão intra-ocular elevada não ser a única causa do glaucoma, até o momento diminuí-la é o principal tratamento. A pressão intra-ocular pode ser diminuída com medicamentos, em geral, colírios. Caso essa pressão não diminua com o uso de medicamentos, um procedimento cirúrgico poderá ser indicado, tanto a cirurgia a laser (trabeculoplastia) quanto a tradicional (trabeculectomia).
 
O colírio usado para baixar a pressão ocular deve ser usado para sempre?
 
Sim, a pressão interna dos olhos é o único fator relacionado ao glaucoma que é possível de intervir, portanto é onde são investidos recursos para controle. Os COLÍRIOS são os meios até o momento mais seguros de manter o controle da pressão do olho e como já foi comprovado que o controle da pressão retarda a evolução do glaucoma é necessário o uso contínuo destes colírios para proteger o olho da lesão do glaucoma.
 
Quando a pressão ocular estiver normalizada a pessoa pode parar de usar os colírios?
 
Não, se são os COLÍRIOS que no caso estão mantendo a pressão controlada, parar seu uso causará novo desequilíbrio e aumento da pressão. Quando o controle não é alcançado com os colírios em terapia máxima a cirurgia para redução da pressão deve ser indicada.
 
Quando se opera o glaucoma o problema da pressão está resolvido?
 
Na maioria dos pacientes que são submetidos a CIRURGIA para redução da pressão interna do olho ocorre o equilíbrio da pressão em um nível seguro, não precisando mais do uso de COLÍRIOS. Por outro lado, alguns pacientes podem apresentar difícil controle mesmo após a cirurgia, necessitando novas cirurgias ou até manter os colírios.
 
Quando se opera o glaucoma a visão pode voltar?
 
A CIRURGIA tem apenas o objetivo de controle da pressão interna do olho, para evitar a rápida progressão da lesão do glaucoma. Portanto não melhora a VISÃO já afetada pela lesão do NERVO ÓPTICO, pelo glaucoma.
 
Ter familiares com glaucoma aumenta o risco de ter glaucoma?
 
Sim, um dos fatores de risco muito importante para ter o glaucoma é a história familiar. Porém não quer dizer que obrigatoriamente terá glaucoma quem tiver familiar glaucomatoso. O EXAME oftalmológico adequado, com um bom oftalmologista, é muito importante para o esclarecimento de dúvidas.
 
Quais as pessoas mais propensas a terem glaucoma?
 
De acordo com as estatísticas, 1% a 2% da população acima de 40 anos é portadora de algum tipo de glaucoma. Filhos de glaucomatosos precisam verificar com mais freqüência sua pressão intraocular. Deve se ter atenção a certos MEDICAMENTOS que podem provocar o aumento da pressão intraocular.
 
QUAIS SÃO OS TIPOS DE GLAUCOMA ?
 
Glaucoma crônico de ângulo aberto
 
Ocorre em 80% dos casos e não apresenta sintomas no início. No entanto, se não for tratado precocemente, o paciente pode perder totalmente a visão com o passar dos anos.
 
Glaucoma agudo ou de ângulo fechado
 
Um olho normal sofre aumento grande e repentino da pressão intraocular, causando dor ocular tão intensa que, em geral, provoca crises de vômito.
Caso de emergência clínica. Pessoas com esse tipo de glaucoma apresentam aumento súbito da pressão ocular. Os sintomas incluem dor intensa e náusea, assim como vermelhidão ocular e visão embaçada. Sem tratamento, o paciente pode ficar cego em apenas um ou dois dias.
 
Glaucoma de pressão normal
 
Nesse tipo de glaucoma, o dano ao nervo óptico e o estreitamento da visão lateral ocorrem inesperadamente em pessoas com pressão intraocular normal. Tanto nos casos de glaucoma de ângulo aberto como de pressão normal, raramente o paciente apresenta sintomas bem definidos, como dor nos olhos ou a redor deles e alteração da visão. O glaucoma pode levar meses e até anos para se desenvolver, sem apresentar qualquer alteração. Na maioria dos casos, a doença progride lentamente, sem que o paciente note a perda gradual da visão periférica. Normalmente, a visão vai piorando das laterais para o centro do campo visual.
 
Glaucoma secundário
 
Glaucoma decorrente de outras doenças. Em certos casos, estão associados com cirurgia ocular ou cataratas avançadas, lesões oculares, alguns tipos de tumor ou uveíte (inflamação ocular). Da mesma forma, os corticosteroides- usados para tratar inflamações oculares e outras doenças, podem desencadear o glaucoma em algumas pessoas se usados indiscriminadamente.
 
Glaucoma congênito
 
A criança que nasce com glaucoma, geralmente apresenta sintomas característicos, como olhos embaçados, sensibilidade à luz, lacrimejamento excessivo, globo ocular aumentado e córnea grande e opacificada. O pediatra pode fazer este diagnóstico. Essas alterações são decorrentes do aumento da pressão intraocular que pode acontecer já durante a gestação. O tratamento sugerido é a cirurgia, que caso seja feita precocemente pode apresentar bons resultados.